23 novembro 2010

Poesia, sim ou não?

Amiúde penso que devia dedicar mais o meu tempo livre a ler poesia. Com rigor, tenho de admitir a minha ignorância nesse género literário pois, se exceptuar-mos Pessoa, Al Berto e mais um ou outro, a realidade mostra-se de pouca monta a esse respeito. Comprometo-me, então, no tempo que há de vir, a consagrar momentos ao usufruto da Poesia.
Enalteço então, com entusiasmo, a minha qualidade de prometer e não cumprir.

19 novembro 2010

Uma Hora.

Uma hora de angústia em torno de uma página branca. É com um sentimento de obrigação desinteressada que dou início a estes escritos cujo objectivo não é senão outro de conjugar frases que façam algum sentido. Pode parecer fácil à primeira vista, se houvesse o recato necessário para tal empresa. Um certo Eça, em páginas de jornal há muito perdidas e esquecidas, verificou a semelhança entre escrever e pintar. Não obstante as diferenças entre ambas... um burburinho perturbador avizinha-se; determinado, constante , afoito. Não existem condições para prosseguir, fá-lo-ei mais tarde, se assim for possível.

12 maio 2010

Porque insistem os meus/mais próximos em colocar-me pedras nas mãos se eu não as quero?

Não queiram fazer parte deste voo.
Lembro-me de, por esses dias, ter discutido com uma amiga sobre um assunto que a muitos interessa, mas que a poucos importa: como será o mundo quando for exclusivamente dirigido por uma moral feminina.
Sem querer exceder-me demasiado, limitar-me-ei a expor o fulcral da ideia, isto é, o mundo, tal como ele é, historicamente patriarcal, é e sempre foi gerador das injustiças mais ignóbeis. As mulheres - por momentos tenho a imagem de estar a tratar de uma outra espécie animal e não de seres humanos - as mulheres, como ia a dizer, são simplesmente relegadas para a sombra negra do Homem, esse sim, um extraterrestre.
Sem dúvida que existe grande razão, se é de razão que podemos falar neste desabafo. A ilusão reside na crença de um paraíso feminino e, se por ventura assim for, de uma ascensão na hierarquia social, algo já verificável no presente estado das coisas, pois de outro modo não poderia ser. A meu ver, o engano não reside no homem propriamente dito, mas sim em toda a Humanidade. Nós, homens e mulheres deste mundo, porque ainda somos deste mundo e não de outro, constituídos neste género "homo", temos apenas uma via a seguir: o erro.
Para terminar, acrescento somente que, quem tem a tendência de apenas olhar numa perspectiva, muito provavelmente não terá a capacidade de reparar o que sucede nas outras. Pensamentos castrados!
Ainda estou para saber porque perco tempo a pensar nestas e noutras futilidades.

Orfandade

Humana Orfandade.
Sem deus somos nada mais que órfãos.
À deriva.
Nada mais há para lá da vida.
Animamos o mundo.
Damos-lhe espírito, vida para lá da vida.
A morte ludibriada.

09 maio 2010

Sou insignificante demais para deixar marca e se marca deixar, o tempo encarregar-se-á de a fazer desaparecer.
Sedimentos acumulam-se,
Cobrindo as realidades.

Huxley

É notável sentir em Huxley a busca incessante por uma sociedade perfeita.
Orçamento? Défice? Dívida? União Europeia? FMI? Grécia? Rating? Bancos? Sustentabilidade? Sócrates? Rendas? Banca Rota? Stress? Baixa? Alta? Assim assim?
Preciso é de um comprimido!

08 maio 2010

De longe em longe, surgem
contracções...
Ritmadas...
sincopadas...
Abismo infindável,
indizível,
execrável...
O absurdo apresenta-se indesejável.
É realmente uma incógnita o que leva alguém a querer a ter um blog.
Humana orfandade!